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Sete anos da Década de Ação pela Segurança no Trânsito. Sete anos de OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária

Escrito por Maio Amarelo

11 MAI 2018 - 17H04

Exatamente há sete anos, no dia 11 de maio de 2011, era promulgada a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas através de Resolução A/RES/64/255. Há sete anos também nascia o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, com o forte propósito de desenvolver ações que contribuam de maneira efetiva para a diminuição dos elevados índices de acidentes no trânsito do nosso país.

O OBSERVATÓRIO é uma instituição reconhecida pelo Ministério da Justiça como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que atua como um órgão de inteligência que, por meio de educação, pesquisa, planejamento e informação, promove e executa os subsídios técnicos necessários ao convívio harmônico entre pessoas, veículos e vias. Nessa mesma toada, em 2014 surgiu o Movimento Maio Amarelo, fortemente lembrado e praticado em todo o mundo no mesmo mês de criação da Década.

A Década de Ação pela Segurança no Trânsito foi fomentada com base em estudos da Organização Mundial de Saúde que estimou, em 2009, cerca de 1,3 milhões de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Diante de número tão alarmante, recomendou aos países membros a elaboração de um plano diretor para guiar as ações nessa área no decênio, tendo como meta de estabilizar e reduzir em até 50% os acidentes de trânsito em todo o mundo.

E o Maio Amarelo veio a complementar esse propósito, a partir de 2014, motivando toda a sociedade a realizar ações que chamem a atenção das pessoas para a necessidade urgente de um trânsito mais seguro, no qual a vida seja preservada. O Movimento já atravessou as fronteiras brasileiras e hoje é praticado em todo o mundo.

Tudo isso visando a redução de acidentes. Mas será que todo esse propósito foi alcançado? Como o Brasil tem trabalhado o tema em seus Estados e municípios?

“Sete anos já se passaram desde 2011 e ainda há muito o que fazer. Agradecemos as entidades que apoiaram, e também divergiram do OBSERVATÓRIO ao longo desses anos, o que nos fez crescer como organização independente e nos fez cumprir nossa visão: ser reconhecido pelos setores públicos, privados e sociedade como entidade referência e agente catalisador em prol de um trânsito mais seguro no Brasil e no mundo", destaca José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO.

Porém Ramalho explica que, no cenário mundial, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, Estados Unidos e Rússia, segundo o Informe Mundial sobre a Situação de Segurança no Trânsito, publicado em 2009. Ou seja, ainda matamos muitos por imprudências e desrespeito às leis de trânsito.

O Brasil conseguiu reduzir o número de mortes no trânsito por ano graças a uma série de ações implementadas. Ainda há muito o que fazer, e as ações voltadas à redução de acidentes de trânsito devem ser perenes e contínuas: estudos mostram que a cada 12 minutos uma pessoa morre em acidentes de trânsito e outras milhares ficam sequeladas.

Educação para o Trânsito, fiscalização efetiva dos condutores infratores e engenharia de tráfego pensada para a segurança de quem trafega são pontos a serem investidos. No entanto, o fator mais importante para a mudança da triste realidade de mais de 38 mil mortos por ano é a participação efetiva de toda a sociedade. “É necessário mudar a cultura, a forma como encaramos o transitar, ou vamos continuar com altos números de acidentalidade. São vidas ceifadas ou lesionadas, que trazem dor e tristeza para quem fica”, contextualiza Ramalho.

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