[vc_row css_animation="" row_type="row" use_row_as_full_screen_section="no" type="full_width" angled_section="no" text_align="left" background_image_as_pattern="without_pattern"][vc_column][vc_column_text]Dia 22 de janeiro de 2018 o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) completou 20 anos de vigência. Desde então, a lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, teve 33 leis que alteraram a redação original do ordenamento e mais de 700 resoluções regulamentaram temas importantes. Considerado um dos mais completos Códigos de Trânsito do mundo, contempla muitos aspectos da mobilidade de pessoas e de cargas. No entanto, isso não foi suficiente para a redução significativa do número de mortes e sequelados por acidentes de trânsito ao longo desses 20 anos.
Estudo feito pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária indica que, desde 1998 até o final de 2017[1],vigência do CTB, aproximadamente R$ 36 bilhões por ano com acidentes de trânsito, ou seja, R$ 720 bilhões acumulados durante esses 20 anos. O valor representa 12% do PIB (Produto Interno Bruto) de 2015 de todo o Brasil, 41% do PIB do Estado de São Paulo e 1,5 vezes o PIB da cidade de São Paulo.
Não se tratam de números... São vidas perdidas e sequeladas
Mais do que os gastos decorrentes dos acidentes, o que assustam são os números de vidas perdidas e sequeladas ao longo desses 20 anos devido aos diversos problemas relacionados ao sistema de trânsito (seja de ordem de comportamento do motorista, associados às condições dos veículos ou, ainda, em função de defeitos na via).
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, morreram 662.219 pessoas de 1998 a 2015 em decorrência dos acidentes de trânsito. Os pedestres são os que mais morreram, seguidos dos ocupantes de automóveis, depois pelos motociclistas, ciclistas, ocupantes de caminhões e, por fim, de ônibus. Vale destacar que a maior parcela dos que morreram estão classificados na categoria “outros”, o que demonstra a grande dificuldade em computar dados mais precisos nessa área, comprometendo as estatísticas e o trabalho dos órgãos de trânsito que tentam diminuir números tão cruéis. Um número tão elevado de vítimas sob esta classificação “outros” nos faz refletir ainda na falta de cuidado no registro das pessoas mortas por acidentes, num distanciamento à vida perdida e às consequências que isso traz aos familiares e amigos. O acidente de trânsito precisa deixar de ser um “acaso” e ter a responsabilidade apurada de quem o comete”, ressalta o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO, José Aurelio Ramalho.
É dramático afirmar também que o Brasil não tem dados estatísticos que demonstrem o número de sequelados permanentes gerado pelos acidentes de trânsito. Segundo estimativas, eles são de oito a dez pessoas para cada vítima fatal registrada. Esse exército de sequelados causa, além do drama pessoal e da completa mudança da rotina da família, gastos infinitos para a Previdência e para o Sistema de Saúde Pública. E ainda, segundo o Ministério de Trabalho, o acidente de trânsito é o principal motivo de afastamento do empregado.
Veja os números de acidentes no período analisado dividido por modais:
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation="" row_type="row" use_row_as_full_screen_section="no" type="full_width" angled_section="no" text_align="left" background_image_as_pattern="without_pattern"][vc_column][vc_single_image image="20816" img_size="full" alignment="center" onclick="img_link_large" qode_css_animation=""][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation="" row_type="row" use_row_as_full_screen_section="no" type="full_width" angled_section="no" text_align="left" background_image_as_pattern="without_pattern"][vc_column][vc_column_text]Crescimento da frota de motocicletas
Devido ao crescimento da frota de motocicletas e aos riscos inerentes a este veículo, esse modal foi o que apresentou o maior crescimento do número de vítimas fatais no período analisado. Em 1998 foram 1.047 mortes (ou seja, 3 mortes por dia), enquanto que 2015 foram 12.126 mortes (33 mortes por dia), representando 11 vezes mais mortes por dia ao longo dessas duas décadas. Os motociclistas são, de acordo com os dados mais atuais, as principais vítimas de acidentes de trânsito no país, conforme é possível ver no gráfico:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation="" row_type="row" use_row_as_full_screen_section="no" type="full_width" angled_section="no" text_align="left" background_image_as_pattern="without_pattern"][vc_column][vc_single_image image="20814" img_size="full" alignment="center" onclick="img_link_large" qode_css_animation=""][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation="" row_type="row" use_row_as_full_screen_section="no" type="full_width" angled_section="no" text_align="left" background_image_as_pattern="without_pattern"][vc_column][vc_column_text]“Diante tantas vidas perdidas é necessária ações imediatas como a introdução da nova formação do condutor, da educação de trânsito nas escolas de ensino fundamental como um tema transversal, do investimento em fiscalização e infraestrutura viária, pois se temos um Código de Trânsito tão completo, não justifica matarmos tanta gente”, reforça Ramalho.
Para Ramalho também são necessárias diretrizes objetivas para os próximos 20 anos, estabelecer ações e metas, como sugere a lei nº 13.614, que institui o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) e, por consequência, novos comportamentos da sociedade.
“Assim como já é percebida a mudança de comportamento da sociedade no que tange ao meio ambiente, por exemplo, é sabido que o lixo que jogamos nas ruas ou nas calçadas certamente será o grande causador de entupimento de galerias e, consequentemente, inundará as residências, comércios, indústrias em caso de chuvas. No trânsito acontece algo similar, ou seja, a minha imprudência, negligência, imperícia irão gerar acidentes que “inundarão” os hospitais com feridos, necessitando mais médicos para atendê-los; “inundarão” as vias por congestionamentos causados pelo acidente e, gerarão mais caos no trânsito e poluição. A herança será mais “inundação” do déficit público, com gastos hospitalares, previdenciários e trabalhistas.” assegura Ramalho, sem contar a dor de cada família afetada pelo acidente.
Mas afinal, o que são R$ 650 bilhões?
Esse montante daria para:
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation="" row_type="row" use_row_as_full_screen_section="no" type="full_width" angled_section="no" text_align="left" background_image_as_pattern="without_pattern"][vc_column][vc_single_image image="20858" img_size="full" alignment="center" onclick="img_link_large" qode_css_animation=""][/vc_column][/vc_row]
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