Aconteceu na terça-feira (29), às 10h, a Webinar “Rodovias que Perdoam”, como desdobramento do projeto Urbanidade, realizado pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária e parceiros entre 2015 e 2017, propondo ações para que o país cumpra as metas da Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020).
A videoconferência explorou as novas tecnologias relacionadas às vias e rodovias que tornam o ir e vir da sociedade, em seus mais variados modais, mais seguro e, principalmente, que permitam aos envolvidos em sinistros de trânsito maior sobrevivência com a menor sequela possível.
A mediação foi realizada pelo general Jamil Megid, planejamento estratégico do OBSERVATÓRIO que frisou para a importância dessa webinar, que debateu um ponto específico para a segurança viária, a engenharia viária.
“A nossa meta é justamente provocar essa evolução passo a passo, mais permanente, para obtermos rodovias mais seguras ou como é o nosso lema aqui no OBSERVATÓRIO: Rodovias que perdoam e que reduzam os acidentes e a gravidade dos acidentes”, comentou Megid.
Para o secretário Marcello da Costa, da SNTT/MINFRA, é muito importante para o Ministério da Infraestrutura se posicionar perante a sociedade civil organizada e estabelecer parcerias fortes como a firmada com o OBSERVATÓRIO.
Conforme o secretário Marcello da Costa explica: “Nós temos metas globais que foram definidas de desempenho e segurança no trânsito, eu posso citar duas metas que afetam e que orientam a nossa meta no Ministério, a meta três, até 2030, as nossas vias devem adquirir padrões técnicos que considerem a segurança no trânsito e novas rodovias precisam nascer, no mínimo classificada como três estrelas, em relação à segurança viária”. O secretário da SNTT complementa: “E a meta quatro, que também é uma meta complementar, que até 2030, mais de 75% dos deslocamentos devem ser feitos em vias que atendam padrões técnicos que considerem a segurança no trânsito. E quando eu falo segurança no trânsito tanto na meta três, quanto na meta quatro, eu estou falando de todos os usuários”.
Segundo o diretor-superintendente da ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), Flávio Freitas: “Quanto melhor e mais elaborados forem os futuros contratos de concessão, tão mais segurança, controles tipo iRAP ou outros sistemas que a ANTT e as concessionárias estaduais dispõem, serão implementados nas rodovias”, comentou.
O conselheiro da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), no CONTRAN, Nauber Nascimento, parabenizou o OBSERVATÓRIO pela importância do seminário que: “Esse seminário consiste basicamente em desenvolver um olhar específico sobre rodovias que, historicamente, foram colocadas em segundo plano”. Ele argumentou sobre o tema da webinar: “As rodovias que perdoam, nada mais é que trazer para o plano de um novo contrato social, quando se quer atingir uma sociedade estabelecida por regras e normas e que são essenciais para a convivência humana”.
O presidente da ABSEV (Associação Brasileira de Segurança Viária), Mário Escobar, parabenizou o OBSEVARTÓRIO pela iniciativa das webinars que segundo “permite a gente evoluir e compartilhar as melhores práticas”. Durante a sua apresentação, Mário Escobar, fez observações relacionadas às soluções estratégicas para a engenharia viária.
Ainda segundo o presidente da ABSEV, “Precisamos continuar com as campanhas de educação e por último, respeitar o conceito Perceba o risco, proteja a vida. Dirigir na defensiva, você sempre precisa seguir precavido, alerta, consciente para minimizar qualquer tipo de acidente”.
Fábio Nunes, coordenador-geral de Modernização e Gestão Estratégica do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), explicou um pouco sobre os assuntos abordados pelo DNIT atualmente, referentes à segurança viária: BR-Legal, Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária; PMSR, Programa de ações em segmentos com alta incidência de acidentes; BrazilRAP, implantação da metodologia do iRAP na malha rodoviária federal e; PARF, Plano de Adaptação de Rodovias Federais a Desastres Naturais, e falou também sobre a preocupação com a manutenção das rodovias.
“Os nossos programas que tratam na parte de manutenção do nosso sistema nacional de viação, como o programa PRO-CREMA e o PROARTE, para quem não conhece, o CREMA é um programa de restauração e manutenção de rodovias e o PROARTE é um programa relacionado à manutenção, reabilitação e recuperação de obras de artes especiais, as nossas pontes e viadutos. São dois programas importantíssimos e eu sempre gosto de brincar que não existe segurança viária com buraco na rodovia”, explicou.
O presidente da ABEETRANS (Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito), Silvio Médici, comentou sobre a contribuição da entidade para o desenvolvimento da segurança viária no país.
“Estamos muito otimistas com o projeto do Ramalho, do OBSERVATÓRIO, me parece que é a primeira vez nesses longos anos que eu vejo aqui a sociedade civil, entidades, o governo, universidade, trabalhando em prol de desenvolver um projeto que realmente venha atender as nossas necessidades. Nós temos que sair desse patamar altíssimo de acidentes e vítimas e, eu acho que esse esforço pode ser coroado de êxito”, concluiu o presidente da ABEETRANS.
Frederico Rodrigues, diretor-geral e sócio-fundador da ImTraff e integrante do Núcleo de Infraestrutura do OBSERVATÓRIO, analisou alguns assuntos apresentados pelos participantes durante a webinar.
“No Brasil, de forma geral, onde a torneira está aberta vazando recurso público? Na segurança viária. O dado anual é de R$ 130 bilhões de reais por ano. A gente perde R$ 130 bilhões de reais por ano com acidentes de trânsito, então a gente tem que somar esforços. Que bom que temos eventos como esse, que bom que o OBSERVATÓRIO está cada vez mais atuante na questão das Rodovias que Perdoam para a gente poder fechar a torneira, salvar vidas e disponibilizar recursos para outras áreas”, encerrou, Frederico Rodrigues.
Para Riumar dos Santos, presidente da ABDER (Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas e Rodagem), a questão das rodovias brasileiras é um assunto de longa data, uma doença social que já foi diagnosticada e precisa de uma união de forças para reverter o quadro.
“É preciso uma junção de forças e isso não se resolve de um dia para o outro, nós já temos consciência disso, mas desde 1984, que eu estou sobre as rodovias, a gente vem com problemas. As rodovias brasileiras melhoraram demais, infinitamente melhores do que há vinte anos, mas não podemos parar. Temos que continuar investindo muito porque as vidas não têm preço”, argumentou o presidente da ABDER.
Após todas as falas, o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO, José Aurelio Ramalho, agradeceu a participação de todos e reforçou o empenho desprendido por todos os envolvidos para a realização de projetos como esse, que possibilitarão as melhorias necessárias para o desenvolvimento adequado da segurança viária do Brasil.
“Ao longo dessa caminhada, a gente conseguiu convergir muitas coisas, 90% do que vocês falaram aí, teve uma convergência maravilhosa. Eu tenho certeza, e falo diretamente ao secretário Marcello, que foi quem nos deu a oportunidade, que identificou que podíamos auxiliar que o material que as células de trabalho estão finalizando e entregarão em meados de novembro, certamente, será um grande direcional para o país e com o dedo e a digital de cada uma dessas entidades que aqui estiveram conosco”, encerrou o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO.
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