Após
a medida que suspendeu os radares móveis das rodovias federais, em 15 de
agosto, conforme ordem do governo Bolsonaro, o número de mortos e feridos em
acidentes nas rodovias cresceu, como revela a matéria do jornal O Estado de S.
Paulo de 17 de dezembro. O diretor do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança
Viária, Francisco Garonce, é ouvido pela reportagem.
Conforme
dados da Policia Rodoviária Federal (PRF), compilados pela organização SOS
Estradas, de agosto a outubro, o total de mortes aumentou 2% e o de feridos,
9,1%, comparados ao mesmo período de 2018. A mortalidade na malha federal
apresenta tendência de queda desde 2011, e a justiça mandou o governo retomar a
fiscalização com os equipamentos móveis no dia 14 de dezembro, mas na
segunda-feira (16/12), o prazo foi adiado para o dia 23 deste mês.
Segundo
comenta Francisco Garonce: “o motorista se sente livre para correr, o que
aumenta o risco”, e complementa: “A sociedade quer ser livre para andar na
velocidade que entender? Aí ela tem de ser esclarecida das consequências”, diz.
De
janeiro a março, os registros de violência no trânsito estavam em queda de 7%
nos óbitos e de 4,3% nos feridos, comparado ao mesmo período de 2018. De abril
a julho, quando foi suspensa a instalação de equipamentos fixos de
fiscalização, o total de mortes já havia aumentado 2,7%, na comparação com o
ano anterior.
A
justificativa do governo para a suspensão do uso dos radares móveis era “evitar
o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória
dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”.
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