O jornal digital GaúchaZH da última segunda-feira (15), entrevistou o Professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), doutor em Mobilidade e Observador Certificado, Carlos Félix, sobre o crescente uso de tags para pagamentos automáticos nas rodovias pedagiadas do Rio Grande do Sul.
A reportagem destacou que as cinco empresas que administram rodovias pedagiadas no Rio Grande do Sul apontaram um crescimento na porcentagem de carros que optaram pelo uso das tags de cobrança automática da tarifa entre 2022 e 2023.
As tags são adesivos codificados instalados nos para-brisas dos veículos. Com elas, os carros cruzam as praças de pedágio em cancelas automáticas, agilizando a passagem. A taxa é então descontada diretamente da conta do motorista, ou vai para a fatura de um cartão de crédito.
A concessionária que informou o maior índice de carros com tag ao fim de 2023 foi a Ecosul, que tem 51% do fluxo em cobrança automatizada. A Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) registra 50% do tráfego com a tecnologia. Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), CCR Viasul e Rota de Santa Maria têm, cada uma, 46% dos usuários equipados com tag.
O professor da UFSM e Observador Certificado, Carlos Félix, especialista em mobilidade urbana, planejamento de transportes e engenharia de tráfego, avaliou que o crescimento da ferramenta veio para ficar.
“É clara a tendência do aumento de uso desse sistema. Por uma questão de conveniência, é uma grande comodidade cruzar o pedágio por uma faixa exclusiva. Embora haja melhorias na cobrança manual, como Pix e (cartão por) aproximação, a automação é uma realidade inevitável”, afirmou o professor.
Além disso, para o professor Carlos Félix, a popularização da tag deve fazer com que a estrutura das praças de pedágio melhore, propiciando o crescimento do serviço.
“Existem alguns desafios, como a padronização do sistema nas rodovias, a criação de condições que façam com que mais pessoas contratem esse benefício e a segurança de dados”, ressaltou.
Para o Observador Certificado, esse é um indicativo de que, no fim das contas, quem define a tendência é sempre o usuário. “Vai depender especialmente do usuário. Ele que vai fazer o cálculo, a relação custo x benefício pessoal. Vai depender do quanto ele utiliza a rodovia, da distância que ele percorre e, principalmente, dos planos oferecidos pelas empresas.”
Leia a matéria completa: https://gauchazh.clicrbs.com.br/transito/noticia/2024/01/uso-de-tags-para-pagamento-automatico-cresce-nas-rodovias-pedagiadas-do-rs-clrf2qypk002n013xac7pg7mi.html
Foto: Neimar De Cesero/Agência RBS/Divulgação.
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