Durante uma procissão realizada no último domingo (31), no bairro de Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, um micro-ônibus atropelou mais de 20 fiéis e causou a morte de cinco pessoas até o momento. A Rádio Jornal Pernambuco consultou o mestre em Inovação e Desenvolvimento para o Trânsito e Observador Certificado, Emanoel Silva, para falar sobre fiscalização e prevenção de sinistros de trânsito em entrevista realizada hoje (01/04).
“E isso nos faz pensar o que nós podemos fazer para evitar que tragédias assim possam acontecer. Em primeiro momento é importante cuidar muito bem dos veículos. Isso significa que ônibus e vans que precisam fazer essas viagens eles devem passar por checagens regulares. Deve ter checklists diários, checklists semanais e também passar por auditorias. Se fosse um carro nosso numa viagem, a gente não ia querer que ele parasse no meio da rua por falta de manutenção. Então, principalmente veículos que transportam pessoas, transportam vidas em viagens assim como coletivos devem passar por essa checagem para garantir que todo mundo chegue bem ao seu destino”, explicou Emanoel Silva.
Questionado se em casos como essa tragédia de Jaboatão dos Guararapes as causas principais podem ser associadas a problemas mecânicos ou falha humana, o Observador Certificado destacou que em eventos como esse é feita uma análise multifatorial.
“Então são várias situações que combinam uma tragédia como essa, não é apenas uma falha de freio, por exemplo. Quando a gente tem uma falha de freio, como foi o caso específico, o que ocasionou a descida do veículo, nós temos todo o fator do planejamento do local de como ocorreu o evento. Por exemplo. temos a questão do motorista, preparo do motorista, a falta de manutenção do veículo, a organização do evento, deve-se ter um planejamento prévio com autorização e escolha de um local seguro para fazer um evento como esse. Ali, existe o quê? Uma ladeira, muitas pessoas ocupando toda a via, veículos ali atrás muito próximos, inclusive veículos de grande porte. Então se há uma falha de freio, uma falha mecânica, isso pode ser minimizado porque é com o planejamento do evento. O evento deve ser planejado, deve ter sinalização, escolta quando necessário e até mudança de rota dos veículos para evitar situações como essa. Escolher locais seguros que não passem por ladeira se for impossível escolher esse local mais seguro pela rota. Então que se desvie o fluxo para outros locais, para que no caso de uma falha como essa, outros fatores evitem que ocorra uma situação como essa”, alertou.
Em relação à fiscalização, Emanoel Silva destacou alguns pontos de atenção, como a fiscalização interna da própria empresa que precisa passar periodicamente por auditoria, além da manutenção veicular para evitar que ocorra esse tipo de falha de freio, algo muito grave.
“Sabemos que essa empresa tinha autorização para circular ali no local, mas deve se fazer um acompanhamento periódico das condições em que está a empresa e seus veículos, para que se evite essa situação [...] ninguém quer chegar ali e atropelar as pessoas, acontece por uma série de fatores, infelizmente também ele até fugiu do local, talvez por medo de sofrer retaliações ali no momento, mas é uma situação que deve ser acompanhada com maior frequência. Uma tragédia como essa, só demonstra que a gente tem que focar mais no transporte de pessoas”, enfatizou.
Foto: Folha de Pernambuco/Divulgação.
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