O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, foi comemorado pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária durante uma Live, hoje (30), onde a jornalista Daniela Gurgel, Head de Comunicação do OBSERVATÓRIO, recebeu três convidadas para conversar sobre a importância da mulher na cultura da segurança viária.
A diretora do Departamento de Segurança no Trânsito, Maria Alice Nascimento, da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), do Ministério dos Transportes, a coordenadora do Sest/Senat, unidade de Jacareí/SP, Vaniza Pereira, e a gerente sênior de Comunicação e Marketing da Mercedes-Benz do Brasil e idealizadora do Movimento A Voz Delas, Ebru Semizer, estiveram juntas na Live “Mulheres seguras no Trânsito”.
Iniciando as discussões com a apresentação de alguns dados, a head de Comunicação do OBSERVATÓRIO, Daniela Gurgel, destacou que o número de mulheres habilitadas na categoria “B”, já superou o de homens.
“Esses dados são muito interessantes porque apesar de outras categorias nós sermos em um número bem menor, é surpreendente essa questão do aumento das mulheres e eu acho que é uma tendência de realmente, cada vez aumentar mais”, ressaltou a diretora do Departamento de Segurança no Trânsito, Maria Alice Nascimento.
A coordenadora do Sest/Senat, unidade de Jacareí/SP, Vaniza Pereira, ressaltou a baixa procura das mulheres pelos treinamentos oferecidos pelo Sest Senat em relação aos transportes. “Um breve acompanhamento, desde 2020, a proporção de atendimentos que nós fazemos, as mulheres atingem uma média de 15%. Teve uma estabilidade durante a pandemia, que é muito comum, mas em relação a procura desses treinamentos que são voltados ao transporte de logística, é uma procura ainda baixa”, frisou.
Relacionado aos dados das condutoras de caminhões, com 6% do total de habilitados sendo mulheres, a gerente sênior de Comunicação e Marketing da Mercedes-Benz do Brasil e idealizadora do Movimento A Voz Delas, Ebru Semizer, observou que “percebe que tem muitas mulheres querendo entrar nesse segmento, querendo dirigir caminhão, ônibus, mas elas não têm muitos exemplos, porque não tem representatividade e não têm muito incentivo, não tem muita estrutura, pelo contrário, tem muito preconceito”, ressaltou.
DADOS RECENTES
Para essa conversa, o OBSERVATÓRIO levantou dados relacionados às mulheres no trânsito, disponibilizadas pelo Renach (Registro Nacional de Carteira de Habilitação) e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Apesar dos homens serem maioria no trânsito, os dados apontam aumento de condutoras nas categorias “A”, “B”, “AB” e “AD” nos últimos anos. Porém, somente na categoria “B”, elas superam o total de homens Habilitados em pouco mais da metade: 50,2%.
Ao todo, o Brasil registra hoje, um total de 77.767.395 de condutores Habilitados em todas as categorias, ou seja: a cada 3 Habilitados, uma é mulher.
Dados gerais:
Em contrapartida, houve redução de mulheres Habilitadas nas categorias “C”, “D” e “AC” nos últimos anos. Em 2020, foram 91.305 mulheres Habilitadas na categoria “C”, transporte de cargas. Já em 2022, contabilizaram-se 66.106 novas condutoras nessa categoria.
Dados por categoria:
Dados por região do país:
As regiões sudeste e sul têm hoje, cada uma, 38% do total de condutoras Habilitadas no país. São seguidas pela região centro-oeste 35%, norte 33% (1.332.771) e, por último, a região nordeste com 30% de mulheres Habilitadas.
Dados sobre sinistros de trânsito envolvendo mulheres
Dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) referentes a 2022, foram registrados 99.311 condutores envolvidos em sinistros de trânsito, dos quais 11.480 incluíram condutores do sexo feminino, cerca de 12% do total de condutores. Já os homens somam a maior parte dos condutores envolvidos em sinistros, 87.831, ou seja, 88% do total.
Sinistros envolvendo condutoras de transporte de cargas
Os dados disponibilizados pela PRF referentes a 2022, envolvendo sinistros de trânsito com mulheres conduzindo transportes de cargas, registraram 109 vítimas de ocorrências com caminhão ou caminhão-trator. Desses, 71 saíram ilesas; 35 com ferimentos leves ou graves; e três vítimas fatais.
Veja na tabela abaixo os principais tipos de sinistros de trânsito envolvendo condutoras e o número de vítimas:
As regiões Sul (50) e Sudeste (29) concentram a maior quantidade de vítimas de sinistros envolvendo condutoras dessa categoria.
Condutoras de ônibus rodoviários e urbanos
As condutoras de ônibus rodoviários e urbanos também demonstram grande prudência. Das 25 ocorrências de trânsito com vítimas registradas em 2022, nenhuma teve registro de vítima fatal. Foram 22 em que as vítimas saíram ilesas e em 3 casos, houve registro de ferimento leve ou grave.
As regiões Sul (12) e Sudeste (6) também concentram a maior quantidade de vítimas de sinistros envolvendo condutoras dessa categoria.
Acesse os dados compilados pelo OBSERVATÓRIO: ACESSE AQUI!
Assista à live completa: https://www.youtube.com/live/QDFD7_jj4Wk?feature=share
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