O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária – ONSV apresentou nesta quarta-feira, 9 de novembro, no V Congresso Ibero-Americano de Segurança Viária (CiSev), dois EADs (cursos de ensino a distância) voltados para a segurança no trânsito. Organizado pelo Instituto Vial Ibero-Americano (IVIA), o CiSev ocorreu em Santiago, no Chile, com o apoio do governo chileno e de entidades da Espanha.
Foram mostrados nesta quarta-feira, último dia do CiSev, os cursos Pedestre Atitude Positiva e Motociclista Atitude Positiva, que têm como autores o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO, José Aurelio Ramalho, e o diretor-técnico, Paulo Roberto Guimarães. Os dois trabalhos foram idealizados a partir da constatação do alto índice de mortes de pedestres e de motociclistas nas vias e nas rodovias brasileiras. Os cursos são curtos e didáticos, com duração de uma hora, e abordam questões do dia a dia.
Anteriormente, na terça-feira, 8 de novembro, dois outros trabalhos (os artigos Una propuesta de registro estandarizado de acidentes de trânsito em Brasil” e “Mortalidad de ocupantes de motocicleta em Brasil: diagnóstico y estabelecimento de metas de recucción”), que resultam de parceria entre o OBSERVATÓRIO e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), também selecionados para apresentação no Congresso pela equipe organizadora do CiSeV, foram mostrados no evento.
Na avaliação do professor da UFPR e também voluntário no OBSERVATÓRIO, Jorge Tiago Bastos, responsável pela apresentação dos quatro projetos, a participação no CiSev foi altamente positiva. “Foi possível perceber que o Brasil está atrasado em alguns aspectos e avançado em outros, em relação ao contexto da América Latina”, pondera.
Nos aspectos positivos, diz o professor, em relação à América Latina, o país pode ser considerado referência em legislação para dispositivos de retenção para crianças, tema que muitos países estão tratando apenas agora e que no Brasil já estão mais consolidados em termos de legislação. A utilização de simuladores de direção no processo de formação de condutores.
Já em relação aos aspectos negativos ele destaca a gestão da segurança viária, principalmente quando se trata da existência de organismos governamentais responsáveis por articular os diferentes ministérios em torno da segurança viária (as agências nacionais de segurança viária). “O Chile e a Argentina são referencias nesse aspecto, pois foram pioneiros em implantar tais agências na América Latina”, explica.
O professor acrescenta também a questão da infraestrutura viária onde, segundo ele avalia, ainda há muito que trabalhar no desenho urbano de vias mais amigáveis e seguras aos pedestres e, no caso rodoviário, há muitas tecnologias de proteção da lateral da via que ainda estão pouco ou nada disseminadas no Brasil e, ainda, na fiscalização, necessária para dar efetividade do que está estabelecido na legislação.
Esta edição do CiSev teve como tema ‘A Segurança dos Usuários Vulneráveis” e como proposta a apresentação e discussão de projetos que permitam avanço no cumprimento dos objetivos estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas), quando instituiu o período de 2011 a 2020 como Década de Ações para a Segurança Viária, e definiu a meta de redução, no período do número de acidentes em 50% em todo mundo.
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