Encerrando as entrevistas sobre o programa Rodovias Que Perdoam, a Rádio CREA-Minas Gerais, conversou com o diretor de Assuntos Estratégicos do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV), general da reserva Jamil Megid Júnior, para contar um pouco sobre a origem e avanço do projeto.
Segundo explicou Megid, há mais de dez anos, o OBSERVATÓRIO trabalha com educação, pesquisa e planejamento para estimular o convívio harmônico entre pessoas, veículos e vias. Em 2018, a instituição organizou uma série de seminários sobre mobilidade humana, segura e sustentável. O propósito: difundir no Brasil o conceito de rodovias que perdoam. Ou seja, estradas projetadas para diminuir o impacto de sinistros e, em alguns casos, até mesmo evitá-los.
No ano seguinte, empresas, entidades e órgãos públicos assumiram o compromisso de integrar núcleos de estudos do OBSERVATÓRIO. O processo ganhou força e em 2020 grupos de trabalho reuniram mais de 60 especialistas. Após nove meses de trabalho, que incluíram reuniões virtuais, os gestores consolidaram quase 400 propostas em um relatório.
O documento prevê a adoção de soluções de baixo custo e de rápida aplicação em rodovias brasileiras, com o intuito de aumentar a segurança, reduzir o número de acidentes e, consequentemente, diminuir ao máximo o número de mortes e lesões nas estradas. O diretor de Assuntos Estratégicos do OBSERVATÓRIO conta que o trabalho avança à prática. Um projeto piloto prevê a revisão da segurança viária de dois trechos em obras, um na BR 230, na Paraíba, e outro na BR 116, no Rio Grande do Sul. Para isso, engenheiros do exército, do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) foram capacitados. No Brasil, o conceito de rodovias que perdoam foi incorporado na norma ABNT NBR 15486, publicada em 2007 e revisada em 2016. A norma estabelece um conjunto de orientações para a segurança no tráfego e a realização dos projetos de dispositivos de contenção viária.
Conforme ressaltou Megid, “Primeiro estudamos depois fomos para o trecho. Estudamos o projeto atual, que é a parte de sinalização e segurança. Fomos lá no local e verificamos se o que foi estudado, o projeto existente e novas possibilidades de melhoria, levantamos nos dois trechos 65 pontos e aspectos que poderiam ser melhorados e até corrigidos. E a gente imagina que vai haver a adequação dos projetos, a aprovação pelo Dnit e pretendemos que até o final do ano sejam executadas as melhorias”, explicou.
Comprometido com um trânsito seguro, respeitoso, ético e cidadão, o Crea-MG (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais) é uma entidade Laço Amarelo e parceiro do OBSERVATÓRIO. Essa aliança demonstra que a preocupação e o empenho pela educação e conscientização por um trânsito seguro sempre fizeram parte da vida do Conselho e dos profissionais da engenharia, da agronomia e das geociências. Muitos deles, com atuação direta para minimizar os impactos da violência do trânsito na vida dos brasileiros.
Leia a entrevista completa:
http://www.crea-mg.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3004
Ou, ouça pela Rádio Crea-MG: http://radiocreaminas.com.br/creaminas/jw.php
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