A expertise e as ferramentas disponibilizadas pelo ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária) que contribuem para o estabelecimento de planos para a redução de acidentes nos municípios foram apresentadas nesta terça-feira, 17 de maio, a prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e pelo menos 20 representantes de secretarias estaduais.
Durante encontro do Conselho Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CDRMC), José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do ONSV discorreu em palestra sobre o Programa de Gestão do Trânsito Municipal (PGTM) criado pelo OBSERVATÓRIO, e apresentou, em imagens, as propostas do ONSV, suas ações e campanhas, além de imagens que reproduzem a força do impacto de colisões no trânsito, entre outros.
A participação do ONSV no evento do CDRMC foi comemorada com entusiasmo pelos prefeitos que se disseram impressionados com as imagens e muito satisfeitos com a possibilidade de seus municípios utilizarem as ferramentas oferecidas pelo ONSV para melhoria na gestão do trânsito.
Aos prefeitos e representantes do Estado, Ramalho explicou o que é o ONSV, destacando a participação como fomentador de, entre outros, a implantação da Lei Seca no Brasil. Falou também de um dos objetivos do órgão: o de estabelecer parcerias para a discussão de políticas públicas que busquem a melhoria da segurança nas vias.
“Não é possível que o volume de mortes causadas por acidentes de trânsito nas vias e rodovias do Brasil correspondam, por exemplo, à queda de um avião por dia”, destacou, lembrando ainda que o efeito avassalador deste tipo de problema represente ao país custos anuais da ordem de R$ 52 bilhões. Como exemplo lembrou o fato de no Rio de Janeiro , em 2012, 25% das causas de falta de energia terem sido motivadas por acidentes de trânsito.
Sem contar, ressaltou, que cerca de 60% dos leitos hospitalares são ocupados por vítimas de acidentes e que aproximadamente 1,2 mil pessoas ao dia fiquem com sequelas decorrentes de acidentes de trânsito, representando gastos sociais expressivos não só as famílias das vítimas mas a todo o país. Ramalho lembrou aos presentes na reunião do CDRMC, que as 43 mil mortes registradas em 2014 em acidentes representam muito mais que as epidemias de dengue ou de H1N1.
Para o diretor-presidente do ONSV, não é possível também permitir que acidentes com perda de vidas passem a ser tratados como situações banais para justificar atrasos em compromissos, por exemplo. “É comum ouvir esse tipo de explicação para atrasos: atrasei porque no caminho havia um acidente. O morrer na contramão atrapalhando o tráfego não deve ser aceito a não ser na letra da música”, ponderou.
Isso porque, para cada acidente que é tratado de modo banal, há custos sociais (carros e helicópteros de resgate), além da vida que é perdida ou mutilada. “Também é comum lermos na mídia informações explicando que um veículo desgovernado matou tal número de pessoas. Mas não é o carro que mata. Quem mata é a pessoa que o conduz. Por isso, temos que, cada dia mais, conscientizar que a segurança viária é fundamental e que parte do condutor do veículo a responsabilidade pela segurança no trânsito”, destacou.
Lembrando que o período entre 2010 e 2020 é a década da redução de acidentes, e que países como Austrália e Japão, entre outros, têm conseguido reduzir as velocidades em suas vias e rodovias, Ramalho ponderou quemecanismos de fiscalização como os radares, no Brasil, são insuficientes. “O motorista só reduz nas proximidades porque sabe que poderá ser multado. Temos de trabalhar para conscientizá-lo que ao adotar práticas seguras na condução de seu veículo ele estará contribuindo para preservar vidas”, disse.
Aos prefeitos da RMC presentes à reunião, Ramalho mostrou as ferramentas disponibilizadas gratuitamente pelo ONSV com vistas à gestão do trânsito nos municípios. São ferramentas variadas que vão desde vídeos e faixas, a spot de rádio e peças publicitárias com orientações e informações que, segundo ele ressaltou, utilizadas de forma maciça pelas cidades, podem colaborar para mudar comportamentos. Sobre os vídeos, lembrou que o ONSV dispõe de mais de 40 deles que podem ser fornecidos às prefeituras interessadas para subsidiar campanhas de Educação no Trânsito.
Projetado em um telão, o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO mostrou também o SOMA (Sistema de Observação Monitoramento e Ação), que traz dados relativos aos municípios, como número de acidentes de trânsito, população e frota, além de outros, que, igualmente, podem ser disponibilizados às prefeituras interessadas. O Sistema, explicou, dispõe também de orientações sobre o ressarcimento via Seguro DPVAT para os casos de acidentes.
O Movimento Maio Amarelo, que visa à redução de acidentes nas vias e rodovias, foi também abordado durante a reunião. Ramalho sugeriu que as prefeituras da RMC sejam iluminadas em amarelo para chamar a atenção da sociedade sobre o expressivo número de acidentes e mortes no trânsito.
“Sobre o Maio Amarelo, que criamos há 3 anos e que apoiamos as cidades a desenvolverem as mais diversas ações como forma de adesão ao movimento, temos também material variado para disponibilizar, disse, lembrando que o movimento ocorre em cidades de todo o Brasil e em mais 25 países nos 5 continentes.
A iniciativa do ONSV foi recebida com aplausos pelos prefeitos da RMC. João Fattori, prefeito de Itatiba e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas, avalia como importantes e necessárias para a gestão do trânsito nos municípios as ferramentas mostradas por Ramalho e parcerias com o ONSV. “O trânsito mata mais que as questões que costumamos chamar de ‘de segurança’. E a educação do cidadão para evitar acidentes é indispensável. Por isso, só tenho de parabenizar o ONSV”, disse.
Como ele, Cristina Carrara, prefeita de Sumaré, destacou, igualmente, a importância da iniciativa. “Temos de parabenizar o ONSV pela iniciativa e pela empolgação ao tratar desse tema. Porque os prefeitos podem investir na mobilidade, mas com a conscientização do cidadão em relação ao assunto, esse investimento surte maior efeito”, destacou.
Prefeito de Jaguariúna, Tarcísio Chiavegato classificou como ‘fantásticas’ as ferramentas do ONSV para a gestão do trânsito nos municípios. E disse que elas contribuem sobremaneira para as cidades. “Estamos engajados no Maio Amarelo. Ontem (segunda-feira) fizemos uma mobilização na Prefeitura e todos – eu inclusive – fomos trabalhar vestindo pelo menos uma peça de roupa na cor amarela”, contou.
Jaime Cruz, prefeito de Vinhedo, disse que seguramente passará a utilizar as ferramentas disponibilizadas pelo ONSV. “O Ramalho nos ofereceu uma parceria mais do que importante. E, além das oportunidades que nos oferece para gestão do trânsito, o fato de não haver custos num momento em que as cidades enfrentam baixa arrecadação, é incentivador”, ponderou.
“Estou adequando o Centro de Morungaba com objetivo de priorizar o pedestre. Meu sonho é a chegada do momento em que o uso de boas práticas no trânsito seja uma realidade concreta. Neste sentido, as ferramentas disponibilizadas pelo ONVS, são fundamentais”, avaliou José Roberto Zem, prefeito da cidade.
No mesmo sentido, Denis Andia, prefeito de Santa Bárbaroa D’ Oeste, considera que a busca pela segurança no trânsito deve ser prioridade nos municípios. “E a discussão sobre Educação ao volante é assunto que todos os gestores devem promover. Por isso, iniciativas como a do ONSV são sempre bem-vindas”, disse Andia.
“Fiquei bastante interessado nas ferramentas disponibilizadas pelo OBSERVATÓRIO e, certamente, passaremos a utilizá-las, disse Carlos Pollo, prefeito de Pedreira. Representando Carlos Meira, prefeito de Hortolândia, o secretário-chefe de Gabinete do município também enalteceu os instrumentos apresentados pelo ONSV. ”Uma proposta excelente que utilizaremos com certeza para gestão do trânsito em Hortolândia”, destacou.
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