Só em guerras ou crimes, pessoas matam pessoas e nessas situações a sociedade repudia e se mobiliza
O caderno Mobilidade do Estadão publicou na última sexta-feira (13/11), o artigo escrito pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária sobre o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito. Nele, José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO, faz uma análise sobre o atual cenário da segurança viária no Brasil e as dificuldades encontradas para atingir reduzir os altos números de sinistros de trânsito.
“Não se trata de um vírus ou uma doença letal. No trânsito, é gente matando gente. Só em guerras ou crimes, pessoas matam pessoas e nessas situações a sociedade repudia e se mobiliza. Essas notícias têm destaque e causam comoção. Mas, as ocorrências de trânsito que tiram a vida ou deixam severamente feridos milhares de brasileiros, não recebem o mesmo tratamento”, argumenta Ramalho.
Desde 1995, entidades não governamentais da Europa se uniram e escolheram o terceiro domingo de novembro para celebrar as vítimas das ocorrências de trânsito. A data foi adotada pelas Nações Unidas em 2005 e, desde então, o mundo todo celebra o “Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito”. Aqui no Brasil, alguns eventos marcaram o dia que, excepcionalmente este ano, coincidiu com as eleições municipais no País.
No último Relatório Global de Segurança Viária, publicado em 2018, a OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou que 1,35 milhão de pessoas são vítimas do trânsito todos os anos no mundo e que na faixa etária de 05 a 29 anos, esta é a principal causa de morte. Mais da metade dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento e as principais vítimas estão a pé, de bicicleta ou de motocicleta. O mesmo Relatório também mostra que as ações realizadas pelos países nos últimos anos para cumprir a meta 3.6 dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) que prevê uma redução em 50% no número total de mortes no trânsito no mundo, está bem longe de ser alcançada.
Leia o artigo completo em: https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-com-seguranca/dia-mundial-em-memoria-as-vitimas-de-transito/
Artigo publicado originalmente no caderno Mobilidade do Estadão, em 13/11/2020
Maio Amarelo, conexões cerebrais e vida no trânsito
Regulamentação e Segurança: CEO do OBSERVATÓRIO fala ao SP2 sobre serviço de transporte por motocicletas
Na última sexta-feira, dia 16, o CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, concedeu entrevista ao telejornal SP2, da TV Globo, para comentar sobre o serviço de transporte por motocicletas via aplicativo na capital paulista, que voltou a ser tema de debate após mais uma suspensão desse tipo de operação na cidade de São Paulo.
A guerra silenciosa nas vias brasileiras
Guerras mobilizam nações, dominam manchetes e provocam comoção mundial. Enquanto isso, uma tragédia de proporções equivalentes ou maiores acontece diariamente nas ruas e estradas do mundo: a carnificina silenciosa do trânsito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito – número superior às vítimas de muitos conflitos armados contemporâneos combinados. No Brasil, são mais de 30 mil vidas perdidas por ano nas estradas. Por que, então, não declaramos estado de emergência diante desta devastação cotidiana?
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