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Motociclistas continuam sendo as principais vítimas do trânsito na cidade de São Paulo

CEO do OBSERVATÓRIO analisa os dados do Infosiga referentes a 2023

Escrito por Portal ONSV

25 JAN 2024 - 16H09 (Atualizada em 25 JAN 2024 - 16H26)

Apesar de, em 2023, o estado de São Paulo registrar uma queda de 1,5% no número de óbitos no trânsito em relação a 2022, a cidade de São Paulo segue na contramão com o maior número de vítimas fatais em oito anos: 987, de janeiro a dezembro do ano passado — aumento de 9,8%. Os motociclistas, porém, continuam sendo as maiores vítimas nas vias de São Paulo. O caderno Mobilidade Estadão consultou o CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, que avaliou possíveis causas para esse cenário.

Conforme apresentou a reportagem de terça-feira (23), os dados do Infosiga SP - Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo, coordenado pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) e gerenciado pelo programa Respeito à Vida, em ambas as contas, há um ponto em comum: os motociclistas são as maiores vítimas.

Em 2023, no estado de São Paulo foram 2.254 óbitos e 426 vítimas nas ruas da capital paulista, representando cerca de 42% desse total. A cidade já conta com faixas exclusivas para esses veículos, as Faixas Azuis — o que, na teoria, representaria maior segurança a esses condutores.

Para Paulo Guimarães, CEO do OBSERVATÓRIO, uma primeira análise mostra a importância dessa ação — uma vez que, de acordo com o Poder Público, essas vias não apresentaram óbitos desde a primeira implantação em 2022.

“No entanto, há dificuldade de expandir esse projeto, em virtude da própria infraestrutura e espaço físico. Dessa forma, somente faixas azuis não conseguem atender todo o sistema, especialmente em uma cidade desse porte”, observou.

Paulo Guimarães também cita outras causas para esse cenário: só no ano passado, no estado de São Paulo, houve aumento de 16% nos emplacamentos de motocicletas novas (mais de 200 mil veículos) em comparação com o ano anterior, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Além de condutores menos experientes e o crescimento da frota, os deslocamentos aumentaram, principalmente no pós-pandemia.

“Não é só a taxa que assusta: os mais afetados são os jovens entre os 18 e 24 anos, por óbito ou por sequelas em sua plenitude produtiva.”

Leia a reportagem completa: https://mobilidade.estadao.com.br/meios-de-transporte/moto/por-que-motociclistas-continuam-a-ser-as-maiores-vitimas-nas-vias-de-sao-paulo/

Foto: Alex Silva/Estadão/Divulgação.

O OBSERVATÓRIO conta com uma rede de Mantenedores Sociais, empresas que aderiram às boas práticas de ESG e que acreditam na transformação social por meio da mudança de comportamento no trânsito. É graças ao apoio dessas entidades: Abraciclo, Anfavea, CNT/SEST/SENAT, Gol Plus, Gringo, iFood, Ipiranga, Mobilidade Estadão, Raízen, Uber, Veloe e Vibra que acreditam na causa do trânsito seguro e investem na instituição, que é possível o desenvolvimento de projetos, estudos e pesquisas, como o levantamento de dados apresentados nesta reportagem.

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