Respeitar o limite de velocidade indicado nas placas de trânsito, não ingerir bebida alcoólica antes de dirigir e ter mais respeito com o ciclista e o pedestre. Ao longo do ano de 2018, esses foram alguns comportamentos reforçados aos motoristas nas atividades preventivas desenvolvidas pela Escola Pública de Trânsito (EPTran) de Curitiba (PR).
Apesar de as placas de trânsito dispostas ao longo das ruas indicarem o limite de velocidade, o comportamento abusivo de muitos motoristas incomoda e coloca em risco a segurança dos pedestres. “Temos um árduo caminho para mudar a nossa cultura de somente prestar atenção e respeitar a sinalização que indica a velocidade máxima ao passar próximo de equipamentos de fiscalização eletrônica”, defende a superintendente de Trânsito, Rosangela Battistella.
As ações da EPTran, entretanto, não se dedicam exclusivamente a quem está à frente do volante. Ciclistas e pedestres também são foco de sensibilizações específicas. “Cada um precisa fazer a sua parte para um trânsito mais seguro”, salienta Battistella. Na soma, 73.543 pessoas participaram das mobilizações educativas desenvolvidas pelo órgão, num total de 874 ações.
Esse número inclui abordagens, palestras, montagem de estandes educativos em eventos e vivências. “Fazemos sensibilização para a segurança de públicos específicos, como motociclistas, ciclistas, crianças, idosos, pessoas com deficiência e estudantes o ano todo, não apenas em datas comemorativas”, explica o diretor da EPTran, Claudionor Agibert, referindo-se ao Maio Amarelo (evento mundial que chama atenção para o alto índice de mortes no trânsito) e à Semana Nacional de Trânsito, que ocorre no mês de setembro.
Desde cedo
Com espaço dedicado a atividades educativas e recreativas, laboratório de informática e circuito intermodal com minicarros que simulam situações do trânsito na via pública, a EPTran realizou no ano 320 ações preparadas para 26 mil estudantes da rede pública e privada, que podem agendar visitas ao espaço. Foi o maior público atendido pelo órgão.
Voltadas a motociclistas e motofretistas, foram 27 as ações nos últimos 12 meses. A categoria tem recebido uma atenção especial nas atividades de prevenção: de acordo com relatório do Projeto Vida no Trânsito (PVT), pelo segundo ano consecutivo (2016 e 2017), o motociclista foi a principal vítima de acidentes fatais no trânsito na cidade.
Educação é um dos três pilares definidos para serem colocados em prática pelo Projeto Vida no Trânsito (PVT), que analisa dados de acidentes fatais de trânsito registrados na capital. Também são planejadas ações de engenharia de tráfego e fiscalizatórias que possam contribuir para a redução de mortes relacionadas ao trânsito.
Curitiba integra o movimento mundial do PVT, com a meta de reduzir em 50% o número de vítimas fatais até o ano de 2020. Na cidade, o projeto é coordenado pelas secretarias municipais da Saúde e da Defesa Social e Trânsito.
No período de 2011 a 2017, Curitiba teve redução de 42,6% nas mortes por acidente de trânsito. A taxa de mortalidade caiu de 17,1 para cada 100 mil habitantes, em 2011, para 9,5, em 2017.
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