Muita gente não imagina, mas mesmo em tempo de alta tecnologia com carros cada vez mais surpreendentes e com a rede de transporte público chegando em mais áreas, é a velha sola do sapato quem tem levado muita gente ao seu destino todos os dias no Brasil. Atualmente, o principal modo de deslocamento é o não motorizado, ou seja, aquele feito a pé ou por bicicletas. No total de deslocamentos realizados, esse modo de transporte supera as viagens pelo transporte coletivo (trens e ônibus) e bate também os deslocamentos realizados por carros e motos (denominado transporte individual). Esses dados são confirmados por um Relatório do Sistema de Informações da Mobilidade da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), com informações de 2013.
De acordo com a ANTP, são registrados 25,9 bilhões de deslocamentos pelo transporte não motorizado (a pé e por bicicleta), 19,7 bilhões pelo transporte individual (motos e carros) e 18,7 bilhões de deslocamentos pelo transporte coletivo no universo pesquisado (438 municípios que integram o Sistema de Informação da entidade).
E em tempo de grande retração da economia, o modo não motorizado tende a crescer, já que o cenário obriga muitos cidadãos a economizar com o transporte para direcionar recursos para as necessidades mais prementes.
Mais gente e ciclistas nas ruas exigem mais alerta por um lado em relação à segurança, mas os dados apontaram um cenário favorável para esses dois segmentos em 2014, comparados aos demais (ocupantes de motos, carros, caminhões e transporte coletivo). Pedestres e ciclistas tiveram respectivamente queda no total de óbitos no trânsito em 2014. Para o primeiro grupo (pedestres), a redução foi de 4,5% e para os ciclistas de 2,6%, em relação a 2013.
Quando considerados os modais de transporte, as mortes entre ocupantes de ônibus são as que mais chamaram a atenção, pois subiram 32,4% de 2013 para 2014; seguidas dos ocupantes de motocicletas, que tiveram aumento de 2,3%; e dos ocupantes de automóveis também com registro de crescimento nos óbitos de 1,3%. Somente o número de mortes de ocupantes de caminhão permaneceu inalterado. Essas informações são do Banco de Dados do DataSUS, mas com dados ainda preliminares.
De acordo com o Data SUS, foram registradas, em 2014, 43075 óbitos nas vias em todo o Brasil – um aumento de 2% na mortes computadas em 2013.
Deste total, 12318 foram ocupantes de motos; 10219 ocupantes de veículos; 7851 pedestres, 1313 ciclistas e 10.327 (outros – inclui trens, tratores, carroças, não informados/desconhecidos).
Segurança em Duas Rodas: Prevenção, Consciência e Dados são Pautas em Palestra na 99
Na última quinta-feira, 10, o Membro do Conselho Deliberativo do OBSERVATÓRIO, Prof. Dr. Jorge Tiago Bastos, conduziu uma palestra durante um evento interno da 99. A empresa, que é uma das mantenedoras sociais do OBSERVATÓRIO, busca contribuir ativamente para a redução de sinistros de trânsito e a promoção da conscientização sobre a segurança viária.
OBSERVATÓRIO e Uber promovem ação educativa em Osasco (SP) para reforçar a importância da segurança no trânsito
Nesta terça-feira (15), o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, em parceria com a Uber, realiza uma importante ação educativa no município de Osasco, em São Paulo. A iniciativa tem como objetivo conscientizar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres sobre a importância do respeito às regras de trânsito, contribuindo para a construção de um ambiente mais seguro para todos.
Desacelerar para viver e a urgência de um novo comportamento no trânsito contemporâneo
A velocidade do cotidiano contemporâneo tem ultrapassado os limites do razoável. Pedestres, ciclistas, motociclistas e condutores estão imersos em uma lógica de urgência constante, muitas vezes buscando no trânsito uma experiência tão ágil quanto a navegação na internet. Este artigo propõe uma reflexão fundamentada sobre a necessidade de desacelerar, alinhando-se ao tema da campanha Maio Amarelo 2025: “Desacelere, seu bem maior é a vida”.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Você está acessando este conteúdo de forma gratuita devido ao apoio dos nossos Mantenedores Sociais.
Os mantenedores sociais são empresas que apoiam financeiramente e estrategicamente o OBSERVATÓRIO, contribuindo para a transformação social e redução de vítimas no trânsito.
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.