Já imaginou estar conduzindo um veículo numa ladeira, num declive, ou mesmo em uma via, quando uma circunstância inesperada o obriga a frear rapidamente e você se dá conta de que o sistema de freios não obedece ao comando dado? Esse é um exemplo de situação pela qual é melhor não passar tendo em vista que um dos principais itens de segurança dos veículos é o sistema de freios.
Sendo assim, para evitar a ocorrência de acidentes que podem gerar consequências gravíssimas, é melhor estar sempre atento às condições do sistema de freios. O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária – ONSV destaca os cuidados que todo condutor consciente de suas responsabilidades, que defende a prática da direção segura e quer preservar vida, deve tomar.
“Estar atento ao nível do fluido de freio, ao funcionamento do pedal e a eventuais chiados ou rangidos permite avaliar se o sistema está ou não de acordo”, destaca Renato Campestrini, gerente técnico do OBSERVATÓRIO. Ele lembra que em poucos minutos uma verificação, preferencialmente com o motor em funcionamento, pode ser realizada e evitar sérias consequências.
Entre os itens que devem ser checados, ressalta o gerente, constam:
. Nível de fluído, que deve estar na medida entre o cheio e o mínimo.
. Notar até que ponto o pedal do freio desce sem encontrar resistência; ele não deve ficar muito próximo do assoalho.
. Durante a checagem, pise com força no pedal e mantenha pressão para verificar se ele se move ou cede enquanto é pressionado. Se ceder é necessário que um técnico seja consultado.
. Bombeie o pedal de freio rapidamente. Ele deve retornar à mesma posição. Caso venha a retornar mais alto, pode ser que haja ar no sistema.
. Ruídos e chiados vindos das rodas podem indicar problemas nos freios.
. Vibrações anormais ou mudanças na sensibilidade do pedal indicam ar no sistema hidráulico.
. Durante a frenagem, o veículo não deve “puxar” para nenhum lado.
Os veículos, atualmente, possuem duplo circuito hidráulico, separados um do outro de forma a minimizar os riscos de falha total no sistema de freios.
Ainda assim, na possibilidade d isso vir a ocorrer, o condutor deve manter a calma, tentar acionar de forma suave, lentamente o freio de estacionamento, também chamado de “freio de mão”, até parar o veículo.
Também contribui para parar o veículo, reduzir as marchas gradativamente, utilizando o freio motor.
No caso de nada disso surtir efeito, o condutor deve buscar reduzir a velocidade raspando o veículo em defensas metálicas ou de concreto, ou ainda em paredes, desde que não coloque diretamente a vida de outras pessoas em risco.
Na hipótese do impacto ser inevitável, solte o volante do veículo e tire os pés dos pedais para minimizar lesões.
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