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Artigo do ONSV em revista da CNT trata da meta para redução de mortes no trânsito

Escrito por Portal ONSV

24 MAI 2016 - 11H04

Análise foi feita pelo engenheiro Paulo Guimarães, diretor-técnico do OBSERVATÓRIO, que indica participação de órgãos públicos, privados e da sociedade, com fundamental

O cumprimento pelo Brasil da meta proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), de redução de 50% do número de mortos em acidentes de trânsito até 2020, foi tema de um artigo do engenheiro Paulo Guimarães, diretor-técnico do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária), publicado na  revista CNT Transporte Atual.

Nele, Guimarães destaca que, ‘decorridos cinco anos do início da Década de Ações para Segurança no Trânsito, ainda é difícil saber se o Brasil atingirá a meta, apesar de ser signatário do acordo internacional. E lembra que o país não estabeleceu uma ‘meta concreta’ nesta direção. Guimarães destaca ainda que ‘o início de qualquer bom planejamento passa pela execução de um bom diagnóstico”.

E que, apesar de a ONU reconhecer como confiáveis as estatísticas brasileiras, e o país ter, de fato, boa base do ponto de vista nacional, o Brasil é um país com características bastante regionalizadas e isso se reflete tanto no comportamento dos usuários quanto na capacidade de gestão e atuação do poder público para a redução de acidentes, tornando prejudicado o diagnóstico dos fatores de risco regionais.

Ainda assim, lembra o diretor do ONSV, o Brasil elaborou dois grandes projeto desde a sanção do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997. O primeiro, a instituição da Política Nacional de Trânsito, que, por meio de 54 ações prioritárias, estabeleceu metas para a redução de acidentes que, ao longo do tempo, não foram priorizadas e atingidas. Destaca também o fato de o Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária que, apesar de bem elaborado, jamais saiu do papel.

No artigo, Guimarães ressalta ainda como fatores prejudiciais ao cumprimento da meta estabelecida pela ONU, a falta de compromisso de gestores públicos, da iniciativa privada e, acima de tudo, da própria sociedade, que precisa compreender que seu comportamento individual afeta o coletivo. E conclui avaliando que, ‘se o assunto for realmente levado à sério nessas três esferas, passaremos a entender que cada um de nós tem a sua parcela de contribuição. Só assim entraremos no rumo certo para tornar o trânsito brasileiro mais seguro, ético e cidadão”.

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