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1º SEMESTRE DESTE ANO É O MAIS LETAL PARA MOTOCICLISTAS DO GRANDE ABC DESDE 2015

Dados levantados pela reportagem revelam aumento no óbito da categoria desde 2019; OBSERVATÓRIO comenta dados e avalia possíveis medidas de redução de ocorrências

Escrito por Portal ONSV

02 AGO 2023 - 10H49 (Atualizada em 02 AGO 2023 - 10H56)

A reportagem do Diário do Grande ABC, da última quinta-feira (27), destacou que desde janeiro de 2015, início da série histórica do InfoSiga - Sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo) -, 701 motociclistas morreram em sinistros de trânsito no Grande ABC, no estado de São Paulo. O Head de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Pedro Borges, foi consultado pela reportagem e comentou sobre esses dados e possíveis medidas para redução de ocorrências.

Conforme apresentado pela matéria, apenas no primeiro semestre deste ano, 52 condutores vieram a óbito – 48% do total de 108 – o maior número para o mesmo período desde o começo da contagem, há oito anos. “Estou todo quebrado de acidentes”, disse Wellington Rodrigo Mendes. No Dia Nacional do Motociclista, o entregador de 33 anos mostrou as cicatrizes nos braços, pescoço e cabeça enquanto relembrava a história de cada uma delas. Trabalhando na profissão há cinco anos, o motociclista passou perto, por diversas vezes, de entrar em uma estatística negativa da região.

Segundo os dados do InfoSiga, nos primeiros semestres de 2015 a 2018, os motociclistas não eram as principais vítimas do trânsito da região. A partir de 2019, quando 46% (50 de 109) dos registros de óbito foram de condutores de moto, o número de mortes na categoria está em ascensão: 40% em 2020, 42,50% em 2021, 43% em 2022, até chegar na marca registrada em 2023: 48%.

Para Pedro Borges, Head de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO, o aumento no uso da motocicleta por parte da população no período mencionado, tanto para viagens casa/trabalho quanto para a prestação de serviços, como o motofrete, profissão de Wellington, acaba aumentando a exposição ao risco de ocorrências de trânsito, o que, por sua vez, pode contribuir também para a elevação no número de mortes no trânsito.

“Acredito que as medidas de mitigação devem envolver duas frentes em conjunto: fiscalização e educação. Quando consideramos os principais fatores de risco na condução de uma motocicleta – excesso de velocidade, o não uso do capacete, e o uso do celular durante a condução – a intensificação por parte do poder público com a realização de campanhas educativas podem auxiliar na redução desse cenário”, avaliou Pedro Borges.

Leia a matéria completa: https://www.dgabc.com.br/Noticia/4015360/grande-abc-tem-semestre-mais-letal-para-motociclistas#

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