O Jornal Toda Hora Tarde, da RIT TV – Rede Internacional de Televisão, de hoje (22), destacou que o mês de fevereiro foi o mais violento no trânsito da cidade de São Paulo dos últimos seis anos. O CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, foi consultado pela reportagem para explicar as possíveis causas desse aumento de ocorrências na capital paulista.
Os dados do Infosiga - Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo, apresentados pela reportagem apontaram o mês de fevereiro como o mais violento no trânsito dos últimos seis anos, nas ruas da capital paulista. Foram registradas 66 mortes, aumento de 53% em relação ao mês de fevereiro de 2022.
Segundo ressaltou o CEO do OBSERVATÓRIO, “O que aconteceu no ano de 2022, principalmente no início do ano, é um processo ainda de consolidação da retomada das atividades econômicas. E o que tem a ver atividade econômica com segurança viária? Conforme evoluímos com a atividade econômica, passamos os anos de 2020 e 2021, totalmente atípicos por conta da pandemia e, quando temos a retomada econômica, melhoramos os índices econômicos e temos mais exposição, as pessoas se deslocam mais pelas ruas”, argumentou.
Paulo Guimarães também reforçou que, “A adaptação das pessoas à nova vida pós-pandemia, também tem uma relação comportamental envolvida, temos indícios que esses dois elementos são principais, mas é um fenômeno que estamos observando em todas as cidades do Brasil e está seguindo essa tendência em todo o território nacional.”
Dos 66 óbitos registrados no trânsito no mês passado, 23 estavam a pé, 19 em motos, 18 em carros, 3 em bicicletas, 2 em caminhões e 1 não foi informado. O índice de ocorrências na cidade de São Paulo só ficou abaixo de mês de referência de 2017, quando foram contabilizados 69 óbitos no mês.
Os homens continuam sendo os que mais morrem no trânsito, foram 74% dos mortos. A Secretaria de mobilidade e Trânsito de São Paulo disse que vem adotando várias medidas para reduzir os sinistros de trânsito e os números de lesões e óbitos, como por exemplo, as áreas de espera de motos nos cruzamentos e a faixa Azul para os motociclistas. Ainda segundo a Secretaria, até 2024, a meta é reduzir o índice de mortes no trânsito da capital para 4,5 por 100 mil habitantes.
Assista agora (a partir de 08:50): https://youtu.be/1lzB4G_4WY8
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