No último sábado (02), o Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, trouxe ao ar um debate que teve como ponto central dados sobre o ‘Relatório de Mortalidade no Brasil: Um Comparativo entre Homicídios por Armas de Fogo e Sinistros de Trânsito’. O estudo é uma parceria entre o Observatório e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O ponto principal que o jornal trouxe foi o dado que tem sido explorado por diversos veículos de comunicação, desde a divulgação do estudo. De acordo com o relatório, o trânsito mata igual ou mais do que armas de fogo em 73% das cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes.
“O relatório é uma provocação que o Observatório trouxe. Aproveitando o período eleitoral, de disputas nas prefeituras. O que nós percebemos é que houve muitas discussões sobre segurança pública, nos debates entre os candidatos a prefeito, até entrando em discussões ideológicas, como a liberação do uso de armas. Dessa forma, percebemos que 73% dos 4800 municípios que nós estudamos, o trânsito mata mais que armas de fogo. Foi uma forma de usarmos a academia e os estudos para despertar a necessidade da sociedade de olhar para esse tema”, disse o CEO do Observatório, Paulo Guimarães.
O jornalista Ronald Gimenez, que é um dos âncoras do Jornal Gente, questionou alguns pontos que envolvem a cultura errônea que muitos motoristas levam hoje em dia, como dirigir em alta velocidade, por exemplo.
“A gente é sempre atraído pelo lado errado. Uma dificuldade que nós temos é de mudar a cultura de segurança no trânsito. Se você vai em um churrasco e resolve não beber, você é criticado por isso. Olha o momento que nós vivemos. Se a gente obrigar as pessoas que entram em nosso carro a colocar o cinto de segurança, nós somos os chatos da segurança viária. É um pouco dessa discussão que nós tentamos promover, com base na academia, nos estudos técnicos”, comentou o CEO.
O âncora do Jornal Gente traz ao debate o tratamento em relação aos crimes de trânsito. Se existe algum investimento punitivo ou educativo.
“Nós acreditamos muito no conceito da Responsabilidade Compartilhada. Ou seja, todos possuem uma parcela de contribuição para melhorar essa carnificina que vivemos no país. O poder público tem como responsabilidade a promoção das políticas públicas, investimento em infraestrutura, promoção de programas e projetos que contemplem engenharia, educação e a fiscalização, como temas principais”, comentou Paulo Guimarães.
O CEO ainda comentou sobre os outros responsáveis nessa luta compartilhada. “A impunidade não é educativa. Ou seja, o judiciário precisa punir as pessoas que cometem crimes de trânsito, para que a sociedade reflita sobre seus comportamentos. A iniciativa privada também tem sua parcela nessa responsabilidade compartilhada. Ela precisa adotar em sua cadeia de valor a segurança no trânsito como algo essencial. Por último, a sociedade. Cada um de nós. Além de adotarmos comportamentos seguros, precisamos cobrar do nosso ciclo social que também adotem tais ações de segurança”, comentou Paulo.
Confira a participação completa do CEO Paulo Guimarães no Jornal Gente da Rádio Bandeirantes clicando aqui!
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