O Jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, abordou nesta sexta-feira (27/7) um tema muito preocupante: mais de R$ 2 bilhões deixam de ser aplicados em Educação para o Trânsito no Brasil. O dinheiro é oriundo das multas aplicadas e deveria fazer o papel de educar os condutores, numa complementação entre a fiscalização e a orientação para um trânsito mais seguro. Mas isso não acontece! O dinheiro não é liberado para o fim que deveria se destinar e vai para ajudar no balanço das contas do Governo Federal.
Conforme aponta a reportagem do jornalista César Menezes as infrações de motoristas, motociclistas e pedestres são causadas por imprudência, que poderima ser combatidas com educação. E existe dinheiro para educar o trânsito no Brasil, mas ele não é usado para esse fim! Ele é usado para o contingenciamento do governo.
Por lei, 5% de todo o dinheiro arrecadado com as multas deveria ir para o Funset - Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito e aplicados em campanhas de prevenção aos acidentes de trânsito. Mas isso não acontece. Desde 2011 o Funset deveria ter recebido R$ 2,9 bilhões, mas só foram transferidos R$ 683 milhões, menos de um quarto do total. Somente 1,71% dos R$ 683 milhões foram usados em ações de utilidade pública, apenas 1,53% em campanhas educativas de trânsito e 0,02% em projetos de prevenção de acidentes.
Em entrevista o Denatran afirma que, apesar das limitações financeiras, o órgão tem cumprido com a missão institucional e para a redução de mortes no trânsito.
Longe da meta de redução de acidentes
Há apenas um ano e meio para o fim da década de redução de acidentes de trânsito, o Brasil conseguiu reduzir, entre 2014 e 2016, apenas 13% as mortes no trânsito, ficando muito longe da meta proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas) é, até 2020, reduzir em 50% as mortes por acidentes de trânsito registradas em 2011.
Para o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, José Aurelio Ramalho, que foi ouvido pela reportagem, a falta de investimento na segurança do trânsito é uma decisão errada. “O Brasil gasta, aproximadamente, R$ 52 bilhões por ano em acidentes de trânsito e o maior gasto está na Previdência Social, para a indenização e manutenção dos sequelados, e dos óbitos. Em torno de 60% dos leitos hospitalares no pronto-atendimento são ocupados por acidentados de trânsito”, ressaltou. Para Ramalho, se por um lado o governo contingencia a verba que deveria ser aplicada em Educação para o Trânsito, por outro lado ele gasta infinitamente mais do que o recurso que ele está segurando.
Saiba mais em: https://globoplay.globo.com/v/6901961/
Segurança em Duas Rodas: Prevenção, Consciência e Dados são Pautas em Palestra na 99
Na última quinta-feira, 10, o Membro do Conselho Deliberativo do OBSERVATÓRIO, Prof. Dr. Jorge Tiago Bastos, conduziu uma palestra durante um evento interno da 99. A empresa, que é uma das mantenedoras sociais do OBSERVATÓRIO, busca contribuir ativamente para a redução de sinistros de trânsito e a promoção da conscientização sobre a segurança viária.
OBSERVATÓRIO e Uber promovem ação educativa em Osasco (SP) para reforçar a importância da segurança no trânsito
Nesta terça-feira (15), o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, em parceria com a Uber, realiza uma importante ação educativa no município de Osasco, em São Paulo. A iniciativa tem como objetivo conscientizar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres sobre a importância do respeito às regras de trânsito, contribuindo para a construção de um ambiente mais seguro para todos.
Desacelerar para viver e a urgência de um novo comportamento no trânsito contemporâneo
A velocidade do cotidiano contemporâneo tem ultrapassado os limites do razoável. Pedestres, ciclistas, motociclistas e condutores estão imersos em uma lógica de urgência constante, muitas vezes buscando no trânsito uma experiência tão ágil quanto a navegação na internet. Este artigo propõe uma reflexão fundamentada sobre a necessidade de desacelerar, alinhando-se ao tema da campanha Maio Amarelo 2025: “Desacelere, seu bem maior é a vida”.
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