A Prefeitura de Uberaba (MG)
apresentou dados obtidos pela seção de Educação no Trânsito da Secretaria
Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes que aponta: 90% das pessoas
que procuram a autoescola para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
já pilotavam moto antes de possuírem o documento. Essa informação está no
site do Jornal da Manhã Online (www.jmonline.com.br). O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária alerta sobre esse
problema no estudo “Condução de motocicletas sem habilitação no Brasil:
análises a partir da frota e número de condutores” que mostra uma diferença de
aproximadamente quatro milhões de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) a
menos, em comparação com o número de motocicletas emplacadas (https://www.onsv.org.br/estudo-inedito-revela-falta-de-habilitacao-de-motociclistas-e-consequencias-para-o-transito-no-brasil/).
O estudo do OBSERVATÓRIO compara a
relação entre condutores habilitados (que possuem CNH) e a frota correspondente
em cada Estado. Além disso, o estudo traz ainda que desde o ano 2000, a frota
de motocicletas no Brasil aumentou em mais de 13 vezes e esse crescimento
expressivo não se deu de forma ordenada.
Em cinco Estados do país – um da
região Norte e os outros quatro do Nordeste, há uma probabilidade muito alta de
que a condução de motocicletas seja feita por alguém sem a devida habilitação.
A probabilidade apontada no estudo é de que, nesses Estados, haja apenas seis
condutores habilitados para cada dez motos circulando. Em locais como Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe e Pará há apenas
entre seis e oito condutores habilitados para cada 10 motos. No Piauí, Amazonas
e Maranhão, esse número é ainda maior. Somente em São Paulo, Distrito Federal e
Santa Catarina os resultados são melhores, com mais de 12 motociclistas
habilitados para cada 10 motos vendidas.
A pesquisa, realizada em parceria
entre o OBSERVATÓRIO e a UFPR (Universidade Federal do Paraná), mostra que a
falta de capacitação, ou seja, deixar de passar pelos cursos de teoria,
pré-prática e prática dos CFCs (Centro de Formação de Condutores) podem gerar
consequências severas. Nos Estados onde há mais motocicletas do que
motociclistas, os números de mortos e feridos graves decorrentes de acidentes
envolvendo o veículo sobre duas rodas, é maior. Somente em 2015, morreram em
todo país, 12.126 motociclistas, ou seja, 33 motociclistas por dia.
Para José Aurelio Ramalho,
diretor-presidente do Observatório, “somente com a mobilização de toda
sociedade e campanhas permanentes de conscientização, focadas na percepção de
risco mudaremos o atual quadro da violência do trânsito do Brasil”.
Informações sobre Uberaba
O chefe do Departamento, Hélio Reis
dos Santos esteve na Câmara Municipal de Uberaba (CMU), onde apresentou alguns
dados a respeito do trânsito na cidade. Ele alertou que um dos problemas ainda
é o grande número de menores conduzindo veículos pelas vias do município.
Em Uberaba existem 219.326 veículos,
com uma média de duas pessoas para cada três veículos. Deste total, 44 mil são
motos. Os números, fechados no dia 5 de outubro do ano passado, podem ser ainda
maiores, se atualizados.
Conforme Hélio Reis lembrou, a
quantidade de veículos é ainda maior por causa da frota flutuante, chegando aos
76 mil. Ou seja, o total de veículos circulando na cidade chega a 296 mil,
enquanto a população da cidade é de 330 mil habitantes.
Em novembro do ano passado, durante
evento do “Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito”, os dados sobre
acidentes na cidade indicavam que, em média, ocorriam 240 eventos dessa
natureza por mês. Nos últimos cinco anos (até novembro de 2018), foram 245 o
número de mortes no trânsito em Uberaba.
Segundo o chefe de seção, a equipe
trabalha muito com parcerias, inclusive realizando palestras em escolas e
empresas e desenvolvendo campanhas, como o “Maio Amarelo” e a Semana Municipal
de Inclusão Social no Trânsito, esta última tendo como foco os portadores de
necessidades especiais. Hélio Reis explicou que será intensificado o trabalho
de conscientização com relação à faixa de pedestres. “O ideal é que todos
tivessem educação no trânsito”, afirmou.
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Desacelerar para viver e a urgência de um novo comportamento no trânsito contemporâneo
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