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dezembro/2021
A mobilidade humana está na ordem do dia e parece ser emblemática dos novos tempos. Deixou de ser assunto para urbanistas ou pensadores e hoje é uma necessidade dos cidadãos e pode se transformar em um fundamento para as cidades inteligentes, nas quais o convívio, o trânsito e o deslocamento sejam simples e confortáveis. Para enfrentar esse desafio, a comunicação exerce um papel essencial.
Muitas empresas ainda desenvolvem sua comunicação no padrão analógico, sem considerar as novas tecnologias e como elas podem alcançar o público de maneira mais ampla e efetiva. O tempo passa e, com ele, a relação entre consumidores e empresas se transforma. Situações e desafios específicos exigem diferentes formas de se comunicar, por isso é extremamente importante analisar a melhor estratégia de canais e mensagens. Além de a comunicação ser o fator mais grave da mobilidade, trata-se de um aspecto não visível.
Vivemos uma era de comunicação fragmentada e sobrecarga informacional. Ninguém mais consegue forçar um indivíduo a notar algo que não seja pertinente para ele. A atenção das pessoas se tornou o principal e mais valioso ativo de marketing das empresas. Nesse contexto, um dos modos mais eficientes de causar engajamento é por meio do alinhamento de valores concretos, embutindo produtos e marcas em histórias que transportam um propósito: como elas querem contribuir para um mundo melhor.
Quando abordamos temas relevantes do nosso cotidiano, como trânsito e mobilidade, temos que nos comunicar de forma inovadora com diferentes perfis de pessoas, entre os quais as novas gerações que não querem perder tempo em congestionamentos e, por isso, dão menos importância ao fato de ter um automóvel por uma série de motivos: econômicos, ambientais ou por considerarem outras opções para se deslocar. A mudança de comportamento dos jovens diante de um mundo cada vez mais conectado influencia a mobilidade humana nas grandes cidades. A nova geração pensa a vida no trânsito de uma forma diferente.
É necessário empoderar essa juventude para participar ativamente dessa mudança. Como? Por meio de campanhas de conscientização que gerem empatia e, principalmente, a valorização e apropriação do espaço público, a melhoria da autoestima e o aumento da sensação de pertencimento a uma cidade mais justa e sustentável. Enfim, agregar ações que visam estimular a adesão de boas práticas e incentivar a ação de cada indivíduo na missão diária de protagonizar transformações positivas no trânsito.
Há boas oportunidades para comunicação da mobilidade e busca por novas ideias e soluções. O componente humano – o conforto, a segurança e a praticidade no deslocamento – é muito importante e deve estar no centro de qualquer plano para o desenvolvimento da mobilidade, zelando pela simplicidade no deslocamento de um ponto a outro. Devemos sempre nos colocar no lugar do outro. Não podemos nos esquecer de que o trânsito é formado por pessoas com diferentes experiências e emoções que interferem em seu comportamento como motoristas. É preciso humanizar e tolerar mais.
Conhecer sobre o conceito de mobilidade humana é fundamental para que todos atuem diretamente na transformação do cenário preocupante em que vivemos. Devemos encontrar uma nova maneira de sair da zona de conforto e pensar a cidade ‘fora da caixa’. Não podemos, porém, dissociar comunicação, mobilidade, espaço e lugar. A comunicação implica movimento social: é uma forma de ‘mover’ informação de um lugar para outro, produzindo sentido. Afinal, comunicar também é deslocar.
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Nome: Marina de Oliveira
Cidade: Indaiatuba
Estado: São Paulo
Mini Bio: Membro do Núcleo de Comunicação do OBSERVATÓRIO, especialista em campanhas de educação de trânsito, estrategista em marketing e influência digital. Responsável por uma série de projetos de mitigação de sinistros de trânsito ao longo de duas décadas de atuação no segmento.
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LinkedIn: in/marinadeoliveira
Instagram: @amarinadeoliveira_
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