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Brasil precisa priorizar a redução dos acidentes com motos e punir as infrações de trânsito com severidade, diz diretor de Operações da Arval Brasil

Escrito por Portal ONSV

17 JAN 2019 - 08H00

Empresa

faz parte do Programa Laço Amarelo e está engajada em preservar vidas

Priorizar a redução

dos acidentes com motos e punir de maneira mais severa as infrações de trânsito

são algumas das medidas apontadas por Rodrigo Amaral, diretor de Operações da

Arval Brasil, para ampliar a segurança viária no país, que concedeu entrevista

ao portal www.segs.com.br.

Presente no Brasil há 10 anos, a Arval é uma Empresa Laço Amarelo,

programa do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária que demonstra a

preocupação da empresa com um trânsito seguro, além de incentivar cada um de

seus condutores e colaboradores a adotarem um comportamento mais prudente e

responsável, tendo como premissa a preservação de vidas. A Arval faz parte do grupo BNP Paribas,

especializada em terceirização de frotas.

Para Amaral, embora

o Brasil tenha avançado no sentido de reduzir o número de mortes decorrentes de

acidentes, as estatísticas ainda são alarmantes. “É preciso insistir nas

mensagens que explicitam a tragédia do trânsito, assim como é feito com relação

ao tabaco, que estampa uma mensagem ruim em cada maço de cigarro. Se eu tivesse

que apostar em um item para tornar o trânsito mais seguro ele seria tornar os

usuários mais seguros, mais ainda do que os veículos e as vias de rodagem”,

defende.

Confira a entrevista:

Como o senhor

avalia o engajamento do Brasil no âmbito da Década de Ação pela Segurança no

Trânsito, lançada pela ONU?

O engajamento

brasileiro é tímido, mas ao mesmo tempo não é um fracasso total. Lentamente,

vamos reduzindo as estatísticas de acidentes com vítimas que, no entanto, ainda

são alarmantes. É nítido que há uma melhora no país, muito mais relacionada ao

novo código de trânsito que instituiu o sistema indiscriminado de multas, que

apesar de ter se convertido em uma indústria arrecadatória, inegavelmente

resultou numa melhora do comportamento dos condutores. Outro item que trouxe um

efeito positivo foi a obrigatoriedade recente de airbag e freio ABS em

automóveis, o que pouco a pouco está substituindo uma frota velha sem os

recursos, por outra mais moderna e mais segura. Na ocasião, o governo tentou

suprimir a exigência nos últimos momentos, mas felizmente venceu o critério de

segurança. O que, no entanto, infelizmente ainda contribui muito para as

estatísticas são os acidentes com motos, em que não houve muito progresso.

Na sua opinião, o

que é preciso fazer para tornar o trânsito mais seguro e reduzir as mortes por

acidentes no Brasil?

Na atual situação,

colocaria foco nas motos, tornando obrigatório o freio ABS, assim como é nos

automóveis. Outra mudança que, na minha opinião, também está faltando, é uma

punição mais severa de infratores. Em alguns casos não basta multa: temos que

ser mais severos com certos comportamentos que colocam em risco a vida de

outras pessoas, punindo-os até com encarceramento em alguns casos e suspensão

longa ou definitiva de habilitação em outros, quando o infrator é

recalcitrante. É preciso também insistir nas mensagens que explicitam a

tragédia do trânsito, assim como é feito com relação ao tabaco, que estampa uma

mensagem ruim em cada maço de cigarro. Se eu tivesse que apostar em um item

para tornar o trânsito mais seguro ele seria tornar os usuários mais seguros,

mais ainda do que os veículos e as vias de rodagem. Considero que o fator

cultural ainda é o preponderante. Não se trata de uma conclusão científica, mas

sim de minha observação pessoal.

Que iniciativas em

prol de um trânsito mais humano e seguro vêm sendo tomadas pela Arval no país?

A Arval é

diretamente interessada no tema e tentamos promovê-lo com todas as ferramentas

que estão às nossas mãos: cursos de direção defensiva; promoção de modelos de

veículos melhor posicionados nos rankings de segurança; apoio e divulgação do

“Maio Amarelo”, que visa à conscientização sobre o assunto, constantes

publicações voltadas à comunidade que nos acompanha nas redes sociais.

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